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Redução do número de candidatos dificultará eleição de vereador em Patos. Por Genival Junior

Na prática, candidatos com menos de 650 votos em partidos menores, por exemplo, dificilmente terão qualquer chance de sonhar com a vaga

09/01/2024 às 17h18 Atualizada em 10/01/2024 às 09h09
Por: Genival Junior Fonte: Genival Junior
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Redução do número de candidatos dificultará eleição de vereador em Patos. Por Genival Junior

A redução do número de candidatos a vereador na cidade de Patos, será se não a principal, uma das mudanças que mais causarão impacto nas regras eleitorais válidas durante as eleições municipais de 2024.

A mudança nas regras provocará uma baixa significativa no número de candidatos em Patos, em comparação ao pleito de 2020, quando cada partido tinha direito a lançar 27 candidatos nas eleições proporcionais, e em 2024 esse número só poderá chegar a 18 candidaturas por partido ou federação.

Nas novas regras eleitorais para 2024, outras mudanças também foram aprovadas, a exemplo da elevação de 10% para 20% de votos para candidatos de partidos que não alcançarem o quociente eleitoral, e a elevação de 70% para 80% na votação mínima dos partidos sem o quociente poderem disputar as vagas de vereador, mas a redução do número de candidatos tem chamado a atenção dos partidos, pois antes, havia a possibilidade de angariar mais votos, sem aumentar a responsabilidade dos candidatos em ter um desempenho pessoal alto nas urnas, o que não ocorrerá esse ano, onde a régua estará mais alta.

Na prática, candidatos com menos de 650 votos em partidos menores, por exemplo, dificilmente terão qualquer chance de sonhar com a vaga, pois não chegariam aos 20% de votos do quociente eleitoral, que este ano deve ultrapassar a casa de 3.100 votos, crescendo em relação aos 2.946 de 2020.

Por outro lado, haverá uma disputa interna maior entre os candidatos de partidos chamados “grandes”, pois com menos candidatos e a régua mais alta, talvez não baste ter uma votação alta, por exemplo, mas também ficar de olho em quantos concorrentes poderão disputar a mesma faixa de votação para o preenchimento das vagas em disputa.

A mudanças no número de candidatos não altera, no entanto, a necessidade de respeito a cota de gênero, fato que obriga as legendas a respeitarem pelo menos 30% de candidaturas femininas na formação de seus grupos de candidatos.

Por isso, é bom os partidos e candidatos colocarem suas barbas de molho, pois se vários municípios tiveram mudanças em suas composições nessa legislatura, teremos na próxima legislatura partidos bem mais atentos a essa questão, o que pode determinar um crescimento ainda maior em processos dessa natureza, e muito mais mexidas “forçadas” na legislatura seguinte.

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